domingo, 26 de junho de 2011

Assassinato no Cassino- parte V.

Sim era uma anã, loura e com olhar dominador e interrogativo. Olhou para  mim de cima a baixo depois sorriu  com sensualidade .
- Não gosto de homens maduros, prefiro os jovens. Mas você é atraente. Entre!
Claro que ela não viu o espirito de luz.  A essa altura já havia entrado na casa e  me aguardava na sala com sorriso sarcastico. Eu entrei e a logo senti a mão de Valquíria apertando a minha bunda, pulei de lado e ela sorriu.
- Durinha! E você parece tímido. Sabe que adoro tirar a timidez dos caras!
- Desculpas, mas esta havendo um engano! Eu não vim aqui para sexo e sim pelo assassinato de seu marido.
- AH! Ele morreu!
- Sim ainda a pouco foi assassinado no Cassino.
- Você é policial?
- Não!
- E porque está se metendo nisso?
- Porque ....
- Sente-se, quer beber algo?
- Não obrigado?
- Quer uma chupetinha?
- O que!
- chupar o seu pau, pelo menos isso pra noite não ficar perdida!
- Não obrigado.
- Você é gay?
Juraci caiu na risada. Se  espirito  ri!
- Olha eu quero saber  se sabe alguma coisa do assassinato.
- Meu Deus. Você é tolo. como vem em minha casa perguntar se  sei alguma coisa da morte de meu marido! Homens estão cada vez mais burros.
Eu me desconcertei realmente, aquela mulher era , fria e  sabia dominar a situação.
- Bem é que encontramos uma anel da senhora, no corpo do ...
- Quem disse que o anel era meu!
- Aqua Lilás reconheceu!
- Aquela vaca gorda! Maldita, despeitada, cheia de estrias e celulite. Larga, aborto mal feito. O tiro era para ela. Evaldo entrou na frente.
- Então a senhora o matou.
- Não, eu mandei matar ela. Mas o merda do cabra fez essa cagada. Eu não digo que o homens estão cada vez mais burros.
- Então...
- Então o que o babaca! Eu mandei matar Aqua Lilas, para fazer o Evaldo sofrer,  para ele pagar tudo o que ele fez com o Romualdo.
- Quem é Romualdo.
- O meu amante que ele mandou matar.
Naquele momento eu vi que me meti numa fria.

sábado, 11 de junho de 2011

Assassinato no Cassino.-parte-IV.

- E o corpo? - eu perguntei.
- Pode deixar que eu cuido dele. Você me ajuda Mário!
Mário disse que sim, nunca diria não. O que para ele a morte de Belo era lucro. Acredito.
- E Valquíria, onde a encontramos? - eu perguntei.
- Aquela mini vaca deve estar fugindo agora. - disse Aqua Lilás com raiva profunda que somente as mulheres conseguem expressar.
Então Juraci olhou para mim e  entendi que aquele local estava deserto. 
- Aqua Lilás. E os seguranças do Belo! Onde estão.
Ela então pairou os seus olhos por tudo e espantando-se com o fato concluiu.
- Aquela mini vaca fugiu com todos eles!
- Não isso não pode ser! 
- Você não conhece aquela mini vaca. Ela é capaz de tudo, e deve ter roubado todo o dinheiro de  Belo para manter os seus prazeres com os homens. É absurdo pagar para essas coisas, eu não só o faço por prazer. Tenho dignidade.
Juraci olhou para mim e não comentamos nada. Aqua Lilás então tomou  um bloco de papel e anotou uma série de endereços que poderíamos encontrar Valquíria ou alguma pista que levasse a ela.
- Vão e me façam esse favor. Eu vou enterrar Belo com dignidade e tocar esse Cassino como ele sempre quis. Você me ajuda não ajuda Mário.
Claro que Mário concordou. E ainda ele me deu a chave de seu fusca e naquela mesma noite eu não sabendo o porque me vi resolvendo um crime e ao que tudo indicava, era um crime pacional.
Juraci me acompanhou no fusca. Reluzente em sua luz ia iluminando o caminho entre os últimos carros que deixavam o Cassino.
- Escuta Juraci não dá para diminuir essa luz, está me atrapalhando.
Ele abaixou a sua luz e se materializou como a uma pessoa ainda viva.
- Não se iluda não sou de carne e osso. Apenas dou essa impressão.
E  depois de falarmos um pouco de cada assunto ser falado por um ser morto e um ser vivo, onde o ser morto era sarcástico o tempo todo chegamos finalmente ao primeiro endereço de Valquíria. Uma luxuosa casa num bairro chique condomínio bem vigiado. E antes que eu parece o fusca na portaria, Juraci fez o fusca acelerar.
- Não vamos perder tempo com seguranças.
Eu concordei, e ao batermos a porta da casa de Valquíria ela apareceu.  Era uma anã loura.

Assassinato no Cassino.-parte-III.

 O corpo estava molhado no sangue deitado ao chão próximo a porta de entrada que parecia ser o seu escritório. A porta estava aberta e mostrava um luxo só. O corpo vestia, um terno bem cortado anéis de ouro tem todos os dedos, e colares de ouro e diamante. Bem  cafona apesar de caro. Era um corpo de estatura mediana e mais gordo do que o comum. O que é comum, nesse caso?   Eu não toquei no corpo, apesar do corpo querer que eu fizesse isso.
Foi quando Aqua Lilás entrou ao lado de Mário e gritou ao ver o corpo.
- Ó meu Deus e Belo!- parecia desesperada e caiu sobre o corpo, virando decúbito ventral, ou seja barriga para cima. Se sujou de sangue e deixou bem claro a todos inclusive a Mário que ela, Aqua Lilás, sentia algo forte por aquele homem. Mário, não ligou, desconfio que sabia de algo a mais.
- Belo! Mas que nome para um homem com corpo e rosto desproporcional! - disse o espírito de luz, sarcástico.O que me levou a crer que ou aquele ser não era um espírito de luz ou então quando morremos levamos a nossa personalidade também.
- Porque fizeram isso contigo. Belinho! - gritou Aqua Lilás.
Belinho era demais! Mas ela insistiu.
Foi então que vi um anel  ao chão que ao mover o corpo de Belo, Aqua Lilás deixou se revelar.
Era um anel de ouro branco com diamantes e uma pedra vermelha. Acredito que fosse safira. Eu peguei o anel e levei próximo a luz de Juraci.
Mário se assustou ao ver Juraci. E Aqua Lilás, se levantou  admirada ao ver.
- Você é um anjo que veio buscar Belo. Por favor me leve também!
- Já mais te levarei. Você é brega! Eu não posso me comprometer com os meus amigos. Além do mais  Mário te ama e fará de tudo para ficar com você. Até suportar certos adereços na cabeça.
A certeza de que Juraci não era espírito de luz coisa nenhum foi ficando forte em mim.
Mas  derrepentemente o anel brilhou ainda mais sobre a luz de Juraci e tomou a atenção de todos.
- Ah! - gritou Aqua Lilás afastando o rosto.- Esse anel é de Valquíria, a mulher de Juraci. Aquela mini vaca nunca aceitou o que rolava entre eu e Juraci.
Eu olhei para Mário. E ele apenas sorriu.
- Normal! - disse.
Então, tínhamos que encontrar Valquíria.

Assassinato no Cassino.- parteII

 Todos deixaram aquele local, e o silêncio aumentou mais a sua  luz. Ele apareceu, e era um espírito de Luz. Claro que era porque brilhava tanto e mesmo assim se podia ver a sua forma.
- Eu não entendo dessas coisas espirituais! Mas o que você quer!
- Claro que entende! Está em cada um! Todos nós entendemos!
- Bem!
- Eu estou apenas passando por aqui!
- Não tem nada a ver com...
- Sim tem um corpo ali, e uma alma pedida por ai. Acho que está assustada.
- Podemos ajuda-la.
- Você se envolveria com um crime, um assassinato e o resultado disso. Uma alma perdida.
- Já que estou aqui! E na verdade a minha alma quer isso! E confesso que é a primeira vez que digo a minha alma com tanta certeza. Com algo que me alivia da mediocridade...
- Tá, tá..Tá bom eu entendi. - disse o espírito de luz , e confesso que o  achei sem muita paciência.
- Meu nome é Melquis.
- O meu é Juraci.
Senti vontade de rir.
- Juraci.
- Olha eu gosta muito de minha mãe. Ainda gosto e vou levar o nome que ela me deu até....
- Até...?
- Esse mistério do além da morte, não é para você agora!
- Vocês adoram fazer isso com a gente!
- E confesso que um prazer!
- Hum mm!
- Mas vamos ao nosso acordo!
Eu concordei.
- Esse cara que morreu, quem é ele?
- O dono do Cassino. Um mafioso, estava jurado de morte.
- E quem o matou!
- Isso é contigo, Melquis. Eu tenho que encontrar essa alma.
- Vocês não tem outra diversão além de criar esses mistérios sobre nós pobres mortais.
- Tantos quanto não possa imaginar! Mas causar essa curiosidade em vocês pobre mortais é irado!
- Puta que pariu viu!
Juraci sorriu com um estranho prazer.
Então eu dei dois passos e caminhei porta adentro onde Juraci disse que estava o corpo. Eu confesso que não entendo nada de perícia policial. Claro que não haveria policial algum ali. E depois das informações de Juraci, eu definitivamente estava mexendo com merda da mais densa e fétida, afinal o cara é dono do Cassino  o que é contravenção. Mafioso o que tudo indica criminoso e traficante. E então porque eu estava ali querendo saber quem o matou.

sábado, 4 de junho de 2011

Assassinato No Cassino. - parte I

O jogos de azar são proibidos no Brasil , mesmo os jogos da loteria federal e Mega Sena. E eu pergunto porque?

 Eu andava sem muito o que fazer e até entediado da vida quando Mário me veio convidar para ir a um show de sua amiga. Mais uma de sua amigas.
- Aqua Lilás , você precisa conhece-la. - insistiu Ele.
Aqua Lilás, esse nome marcou fundo em mim e realmente eu precisava conhecer alguém com esse nome.  E cedi ao pedido de Mário.  E então, numa quarta-feira fomos ao show dessa  amiga de Mário. Aqua Lilás.
 A viagem foi um pouco longo, num sitio próximo a cidade de São Paulo.
- Para onde estamos indo?
- Para uma velha  fazenda, o cassino é lá!
- Cassino? Mas Mário isso não é ilegal!
- Sei lá. Só sei que o lugar é uma delicia.
- Mas...
- Relaxa. Melquis. A gente vai se dar bem.
Eu  percebi que a noite não era exatamente  tão encantadora assim. Um cassino clandestino deslumbrava-se em nosso caminho.
Estrada sinuosa, curva fechadas e sempre se via homens parados em algum acostamento.
- São  Vigias do Cassino.- disse Mário.
- Você já esteve aqui!
- Sim, a minha última namorada, lembra da Heleninha! Pois é ela é irmã de Aqua Lilás. Eu deixei Heleninha porque vou te confessar o meu amigo. Eu me apaixonei pro Aqua Lilás.
Esse era o Mário, e  Aqua Lilás deveria ser muito bonita, porque meu Amigo Mário só pega mulher bonita.
Bem, chegamos ao Casino. Se tratava de um casarão dos antigos barões do café. Todo reformado, e luzes e seguranças  por toda a parte vigiando carros  que iam desde os mais caros, até o mais simples como velho fusca de Mário.
E ao entrar no casino uma voz linda, suave entrou em meus ouvidos, ultrapassando o barulho de roletas e vozes de pessoas comemorando ou xingando as jogadas.  Deduzi logo que se tratava de Aqua Lilás e confesso que me apaixonei pela sua voz. Aquela canção do Roberto que ela cantava ia me tomando.
- É ela!
- Sim Aqua Lilás. E que voz.
E quase apaixonado por ela, Mário a apontou no palco.
- Mas cada a Aqua Lilás.
- Olha lá cantando, bem ao centro do palco.
Aqua Lilás, era baixa e gordinha, vestia um vestido lilás que a deixava mais gorda. Era extremamente oposta de sua irmã Heleninha.  Mostrando a mim que  há sempre ilusão em nossas  expectativas.
Então Ela cantou mais uma canção , algo do Chico Buarque, e depois enquanto a orquestra tocava boleros, ela desceu do pequeno palco e aproximou-se de Mário.  Se Beijaram.
Mário me apresentou. E ao cumprimenta-la, curvei-me mais um pouco e me perguntei o que é que eu vim fazer nesse lugar.
- Está gostando seu Melquis. Esse lugar não é um sonho!
Eu sorri dizendo que sim.
- Eu sempre sonhei em cantar em lugar  com glamour. Mário meu querido pega uma bebidinha pra mim.
Mário correu para satisfaze-la.
E eu só com Aqua Lilás a vi piscar para mim, e sem medo algum pegou em minhas mãos.
- Você sabe que eu Mário estamos namorando. Mas isso não me impede de ter outras experiências.
Eu recuei a minha mão.
- É que eu sou gay.- disse para espanta-la porque eu pressenti que ela não desistira fácil.
-E dai! O que isso tem a ver!
-Bem!
- Bobinho. Mais tarde a gente conversa!
Mário aproximou-se com a bebida e com um sorriso de total felicidade rasgando o seu rosto  como se ele fosse estourar a mais um melimetro que sorrisse. Ele a abraçou e a beijou.
- Ela não é tudo! - ele disse olhando para mim.
Eu ia concordar mas derrepente as pessoas começaram a correr, sobre tiros vindo do nada e orquestra se abaixando, mesas caindo e  Mário tomou Aqua Lilás no colo e saiu correndo porta afora com a sua amada, que para ele parecia imortal.
Eu, fiquei parado sem poder me mover por alguma coisa que me segurou atrelado ao balcão do bar e segundos depois me vi só, no silêncio daquela casa.
Então ele apareceu.

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Ponto.

"Não leve a vida a sério de mais. A gente morre no final."