Dona Cursina e o estuprador.
1. - Eu, Malquis estou sempre de ouvidos
prontos para uma boa história ou mesmo lamentações como o caso de meu amigo
Mário. E ter ouvido tantas pessoas às vezes me deu a impressão enganosa
de que se ouviu de tudo e sobre tudo. Tolo engano! A vida sempre tem uma carta
na manga, uma carta não uma jogada um baralho todo. E foi assim que um dia eu
procurando uma casa para alugar para um amigo meu muito querido e sua família
encontrei a casa de Dona Cursina num bairro de São Paulo. Resumindo
ela alugou a casa para o meu amigo e ambos estão contentes. A casa é muito
confortável para uma família de quatro pessoas e o meu amigo paga corretamente
e cuida da casa tudo com todo o cuidado que ela sempre quis.
Até ai tudo bem!
O fato é que quando estava em negociação para
alugar a casa, eu sou o fiador, Dona Cursina me convidou para entrar em sua
casa, e com muita gentileza de quem recebe bem, sempre servindo café licor e
doces. E foi numa dessas vezes que uma figura estranha estava na sala
conversando com muita alegria e prazer de vida com Dona Cursina que não tinha
como não chamar a atenção, como se ela fosse à fonte de uma luz...
Depois ela se foi com o seu marido sempre calado,
mas parecia contente e feliz, um homem realizado. Dona Cursina se despediu de
ambos com beijos e abraços caloroso pedindo que voltassem sempre.
Tratamento típico de Dona Cursina. E enfim aquela mulher e seu marido
foram embora e Dona Cursina sentou-se no sofá feliz. Perguntou-me se queria
comer algo ou beber, e antes que eu começasse a falar sobre o contrato que eu
havia trazido para fins do aluguel, Dona Cursina me olhou com curiosidade e um
sorriso bastante sarcástico.
- Você não quer saber quem é essa mulher? Eu
percebi que você olhava sempre para ela e as vezes parecia que ia devorar
jogando o seu olhar encima dela!
- Não vou negar que a achei interessante! Ela
tem uma força de viver que poucas vezes vi em minha vida!
- Ah! Você é dos meus! Eu sempre percebi isso
nela...
- É uma velha amiga? Algum parente?
Dona Cursina sorriu, encostando-se no sofá.
- Meu querido! Você quer ouvir uma
história bem interessante?
Eu encostei-me ao sofá e disse que sim. Como
eu poderia não aceitar um convite tão empolgante quanto os olhos de Dona
Cursina me embriagando.
2. - Eu sempre fui uma pessoa pratica.
Acho que a vida é tão mais fácil do que a maioria das pessoas pensa e sofre.
Desde criança eu fui assim! Viu! Às vezes papai não podia dar um presente de
Natal pra nós, eu nem ligava. Inventava histórias ia paras brincadeiras e
ficava com a família. Ao contrario de minhas irmãs que ficavam emburradas. Pra
que isso! Na vida é tão mais emocionante e alegre e feliz quando a gente
olha para tudo com mais confiança e menos dor e medo ou quando se toma uma
atitude de prazer e realização diante dos problemas do que ficarmos
sofrendo por coisas que tinha que acontecer. Ora vai a merda, não é mesmo!
Eu Malquis confesso que fique
tomado por essas palavras.
-... Veja só quando me casei eu gostava
do meu marido. E fiz ele vencer na vida. Eu o fiz estudar, se formar
e subir de cargo. O que toda pessoa com o mínimo de inteligência deveria
fazer. E tive três lindos filhos. O número certo de filhos que eu queria. Eles
cresceram, estudaram e se casaram, tenho três netos.
O meu marido sempre ganhou bem!
- A senhora não me parece que é
casada!
- Espera que te conto tudo! O meu marido
sempre ganhou muito bem. Poupávamos, mesmo criando as crianças poupávamos.
Compramos imóveis, casas, alugamos e depois compramos mais. Ai, filhos
crescidos, casados, bem na vida, e o meu marido inventou de aposentar. Eu
confesso que não seria o momento, porque eu na verdade gosto de certa
liberdade, de minha casa, e de estar só. E de mim!
- A senhora não se sente só!
- Claro que não! Solidão! Hora isso não é pra
mim! Mas como dizia, o meu marido inventou de aposentar e como eu iria agüentar
ele todos os dias na minha casa! E o que fiz! Achei melhor ajeitar a vida
dele e a minha! E pronto arrumei uma amante para ele.
-Ahmm!
- Sim uma amante das boas! Na verdade era uma
faxineira que eu tinha Alexandra, que era de origem grega, sei-lá. Mas
ela era muito bonita, uns trinta e poucos anos dois filhos que criava sozinha.
Perfeitamente o que eu precisava. Eu propus a ela sutilmente que era hora de
ela arrumar um marido. Claro, que investiguei a sua conduta como mulher. Honestíssima,
vivia para os filhos. Ou seja, uma mulher perfeita para o Osvaldo, o meu
marido.
- Então a senhora teve mesmo coragem!
- Não se trata de coragem apenas! Trata-se de
ser pratica! Eu não queria mais o casamento. Eu já tinha cumprido essa
tarefa, casei, lutei com ele, criei os filhos os eduquei e os casei e queria
viver o meu momento como ser. Ah! Deve estar pensando que eu tinha alguma
amante ou queria outros homens, nada disso. Eu quis sim é viver como um
ser supremo em seu estado de mulher, realizada e querendo ter a sua vida. Se
você fosse mulher entenderia.
- É! - bebi um outro café.
- Quer bolo!
- Não, não apenas um café.
- E então Alexandra começou a ceder a minha
persuasão. E comecei a tomar confiança dela e disse que Osvaldo precisava de
uma mulher como ela.
- Assim, na lata!
- Na lata meu querido! Você não acredita como
as palavras possam influenciar as pessoas, não é preciso enrolação.
- Ela aceitou!
- Depois de algum tempo sim!Agora eu teria que
fazer ela conquistar o Osvaldo. E então comecei a deixar eles a sós. E eduquei-a
para puxar conversa com ele, e agir com mais sensualidade, sem ser vulgar. Até
que um dia, o golpe final, ela simplesmente o seduziu e eu os peguei na
cama. Claro que era combinado com Alexandra, mas Osvaldo ficou nervoso e até
chorou. Eu disse a ele que era tarde e que ele fosse morar com ela. Ele
relutou, mas aceitou, e resumindo ficaram felizes, estão felizes. Ela cuida
muito bem dele, e não trabalha mais. Eu fiz questão de abrir mão da
aposentadoria dele, que mantém aquela família, e fiquei com a maioria das casas
de aluguel. E a liberdade que eu buscava. A praticidade, a praticidade meu
amigo.
Respirei e tomei mais um gole de café.
- Mas quanto a mulher que saiu daqui!
- Você esta curioso não é!
3. - Eu disse que sim, e ela me convidou para
ir até a cozinha, passou outro café, mais bolo e sentada à mesa eu de
frente para ela ouvi essa história.
- Eu tenho um primo, que sempre andava
bolococho da vida. Não tinha prazer algum nas coisas da vida. Trabalhava
direitinho, bebia a sua cervejinha, gostava de seu futebol e fora isso
não sai de casa não tinha namorada e meus tios andavam preocupados com ele. Ele
teve uma namorada, mas não deu certo, e todos pensavam que se tratava de alguma
dor de amor aquela sua melancolia e solidão. Eu havia acabado de me separara de
Osvaldo e tinha muito tempo para ajudá-lo.
- Arrumar uma namorada para ele!
- Claro! E procurei, tentei algumas amigas
encalhadas, algumas filhas de amigas encalhadas. Até fui com ele num dance,
desses que tocam tudo para a gente dançar e nada.
- Sim!
- Nessa mesma época eu havia
alugada uma casa para uma senhora sublocá-la com pensão. Ela já morreu, mas na época
era uma pessoa especial, ficamos amigas e toda vez que eu visitá-la, ela
tinha sempre um pensionista novo. A casa é grande, e cabiam bem umas dez
pessoas mais dona Mafalda e seu marido. Então, um dia vi entrar um homem muito
estranho e que sempre desviava o olhar. Era um pensionista novo. Logo me
informe pelo seu nome assim que ele saiu da sala e descobri que se chamava
Gelsian, com n no final. Era um homem de traços forte de uns trinta anos, mas
que aparentava menos.
- Um homem?
-Um homem! E te digo que esse homem me
impressionou muito.
-A senhora se sentiu atraída por ele!
- Não da forma que esta pensando! Mas por algo
nele que parecia perdido. E pude ver isso em seus olhos.
Atenta, passei a freqüentar mais a casa de
Dona Mafalda. Até que um dia um fato ruim aconteceu. Gelsian havia
acabado de entrar apressadamente e minutos depois a polícia entrou
correndo a casa atrás dele. Foi um tormento para Dona Mafalda e para mim
também.
- A polícia!
- Gelsian era acusado de estupro de uma moça
na noite passada numa rua próxima. E ao pesquisarem o seu nome descobriu que
ele era procurado por quatros outros estupro.
- Estuprador! Meu Deus!
- Terrível para qualquer mulher! Mas o fato é
que a polícia não o encontrou na casa. Saíram procurando ele pela vizinhança
e... Mas ai eu me lembrei de um caixa de água , uma cisterna construída
na casa há muito tempo atrás. Era uma casa antiga, o que era comum construir
essas cisternas. E sobre a cisterna para comodidade da casa foi construída
a lavanderia. Dona Mafalda não sabia disso. Eu sabia. E esperei tudo se
apaziguar e sutilmente pela lavanderia entrei na cisterna. A tampa de entrada
ficava próxima ao tanque. Estava nojenta, mas mesmo assim eu entrei.
- Mas...
- Sem medo algum! Eu tinha uma intuição com
aquele jovem que não poderia deixar passar. E Bingo, ele estava lá. Encolhido
escondido na escuridão e calor da cisterna, vazia de água naquele instante, mas
úmida e sufocante. Claro que ele sabia da existência daquela cisterna. Meu
querido, você sabe muito bem que esse pessoal do crime tem o costume de
sempre estarem procurando uma saída de emergência e um plano de
fuga.
-Claro.
- Ele estalou os olhos quando me viu e
veio pra cima de mim.
- Meu Deus!
- Eu fiquei calma, e disse calmamente
que queria lhe ajudar.
- E ele!
- Bem ele foi mal educado! Disse uma coisa
horrível! Desculpa dizer...
- Tudo Bem!
- Para mim não como um senhora de respeito!
- Bem!
- Eu disse que não queria isso! Queria ajudá-lo.
E ele não acreditou. Mas pratica que sou apelei para ele entender a situação.
Eu disse! Olha só se estou aqui só e correndo o risco é porque quero te ajudar
mesmo.
- Não acredito Dona, tem alguma armação ai! -
disse Ele.
- Ai seu Melquis foi que eu apelei
pela minha intuição. E disse - Eu quero te ajudar mesmo, eu senti que você é
uma pessoa boa.
- Boa! Sua um estuprador.
- Mas não matou ninguém.
-Não. E nem quero!
- Ta vendo. Ouça deixa eu te ajudar. Ele
pensou por algum momento e me soltou, me olhando como se eu fosse a mãe dele.
Eu juro eu pude perceber isso nos olhos dele. E então propus a ele não sair da
cisterna que eu traria comida bebida para ele por alguns dias, depois eu
o ajudaria a sair dali. É claro que ele pensou no assunto como uma forma de
escapar. Sabe com é esse pessoal do crime!
- É!
-Como ele era um estuprador, eu pensei que
poderia acalmá-lo dessa ira!
- Como?
-Chá de folha de Santa Barbara! É uma planta
que os padres e freiras plantam em todos os conventos e monastério a fim de
apaziguar o desejo sexual. É uma pratica milenar.
-E funciona!
-Acredite funciona sim! E no dia seguinte eu
estava lá na cisterna dando comida e o chá de Santa Barbara gelado por causa do
calor. No dia seguinte também. E no terceiro dia quando a policia já não
rondava por ali. Eu disse para ele fazer a barba trouxe-lhe uma peruca
loura e um vestido longo e sapatos vermelho. Ele relutou, disse que não, mas eu
o convencia de que era melhor sairmos dali vestido de mulher. Como duas amigas.
Sei que não está acreditando seu Melquis, mas posso lhe provar.
Naquele instante eu me silencie com todos os
ouvidos. Ah! Dona Cursina.
-Dona Mafalda tomou um susto quando me viu
com aquela amiga. Perguntou por onde havíamos entrado e eu disse que
queria mostra um quarto para ela afim de alugar para o seu noivo. Dona Malfada
acreditou e nos serviu café e bolinhos e por fim saímos e fomos para a
minha casa. E nesse ínterim, eu chamei para a minha casa o meu primo, tinha que
ajudá-lo de alguma forma.
-Por quê?
-Vai ouvindo! Patrício é nome dele e quando
ele viu Gelsian vestido de mulher algo mexeu com ele!
- Mexeu como?
- Gelsian estava tomando chá de Santa Barbara há três
dias e em grande quantidade, o que já havia amaciado a sua ira por
violência sexual. E além do mais o fez mais calma, mais tranqüilo. Claro que ao
chegar a casa dei mais chá de Santa Barbara. Apresentei Gelsian a
Patrício deixei Gelsian vestido de mulher até o meu primo voltar para a
casa dele, no inicio da noite. Patrício se mostrou não querer ir. Mas eu tinha
que insistir para deixar Gelsian mais à-vontade. Entende?
- Acho que um pouco!
- E quando ficamos a sós, e mais chá de Santa
Barbara, Gelsian se disse cansado e queria dormir. Eu disse que tudo bem. Ele
dormiu vestido de mulher e no outro dia quando acordou eu disse para ele trocar
de vestido. Ele resistiu é claro, mas eu o convenci de que seria um bom
disfarce. Dei mais chá de Santa Barbara e ele aceitou. Gelsian tava
traqnuilinho tranquilinho e nessa eu o vesti de mulher novamente. Mas pedi que
se depilasse para dar mais verdade ao seu disfarce. Ele resistiu! E eu contra
argumentei, mas se a polícia te pegar, você vai ficar mal. Às vezes acho que os
estupradores querem mesmo ser pego e levados a prisão para serem estuprados.
Mas deixa pra lá. Gelsian tava cada vez mais mulher, e Patrício passou a freqüentar
a minha casa mais vezes. Sempre olhando para Gelsian que por sua vez olhava
para o nada.
- Eu acho que estou entendendo!
- Ahaham! É isso ai! Eu convidei Patrício para
almoçar, jantar e passar a noite em casa. Eu me divertia com aquela situação,
e percebia que Gelsian parecia viciado, aéreo, fora de si. Comecei a diminuir o
chá de Santa Barbara e dá chá preto comum. Gelsian, sutilmente foi se
acostumando com as roupas de mulher, e teve um dia que ele mesmo se trocou sem
a minha ajuda e veio tomar café. Eu disse que ele precisava fazer as
unhas e cuidar da pele. Ele aceitou. E logo já não se percebia que se
tratava de um homem. Até o dia que Patrício partiu para cima dele.
Dona Cursina tomou um café.
- Foi um Deus nos acuda! Gelsian não aceitou.
- Ele partiu mesmo para cima dele?
- Começou assim! Gelsian sentou-se no
sofá da sala logo após o jantar e Patrício veio nos visitar. Eu estava aqui na
cozinha lavando a louça e pedi a ele que fizesse companhia a Gelsian. Nem foi
preciso dizer duas vezes. E começaram a assistir o jornal e o comecinho da
novela das oito, ai então eu ouviu um barulho de coisa quebrando. Meu
Deus! Corri para ver do que se tratava e vi o Patrício no chão caído e a
pequena mesa de centro sobre ele. Gelsian em pé mostrava o seu rosto
assustado como se tivesse sido pego pela polícia. -Perguntei o que havia
acontecido?
- Ele passou a mão na minha perna- disse Gelsian
bastante fora de si.Assustado como eu nunca o vi antes. E então o peguei pelos
braços e o fiz sentar no sofá.
- Não esquenta meu querido! Os homens são
assim mesmo! Tem que ter paciência!
Gelsian se levantou.
- Eu sou homem! - disse tirando a peruca.
O seu rosto estava assustado como se houvesse
caído na real, despertado de um sonho de um momento torpor.
Dona Cursina se levantou e tomando a peruca
nas mãos a colocou novamente na cabeça de Gelsian. E ele mesmo que reagisse por
algum momento a verdade dela sobre o ponto de vista daquela situação o
inibiu e ele aceitou a peruca.
- Pronto! Olha como fica bem em você!
Você se sente bem assim não se sente!
A voz doce de dona Cursina, trouxe junto um
aconchego em se sentir bem naquela situação. Um conforto que nunca sentiu
antes. Como se sua alma fosse despertada. Gelsian ficou em silêncio. Dona
Cursina o pegou e o virou para um espelho no canto da sala, refletindo a
sua imagem de uma mulher.
- Olhe para você, é uma mulher perfeita. Se
sente bem não se sente!
- Eu...
- O seu corpo, o seu rosto, o seu gesto. É de
uma mulher, não é!
- Eu...
- Acredite em você! Acredite nesse amor de
Patrício por você!
Por mais algum momento Gelsian ficou se
admirando.
- Nunca em minha vida, eu me vi assim e também
nunca em minha vida me senti tão viva. Tão eu. - disse Gelsian com lágrimas.
- Nessa vida, a gente não foge de nosso eu.
Por mais que desconhecemos o que somos, um dia saberemos. Seja feliz
minha amiga, muito feliz.
E como se um milagre uma magia ou um despertar
de um pesadelo, Gelsian sorriu como agora se via no espelho. A mesma imagem que
nunca deveria ter sido outro, se não a mulher agora que se sentia.
- Claro que naquela noite Gelsian foi dormir,
mas não dormiu, ficou a noite toda acordada pensando no ser novo que era. Como
se houvesse ganhando a vida novamente. Patrício dormiu na casa também e
esperançoso por vê-la na manhã seguinte. Eu disse a ele o que Gelsian era.
- Sim! - ele me respondeu. E não se
importou. E resumindo eles começaram a namorar e se casaram numa cerimônia
simples, e nada religiosa. Sabe como são as religiões. Montaram casa, e eu
a ensinei cozinhar e a cuidar de um marido. Na cerimônia não veio parente
algum, preferimos assim. E eles estão felizes até hoje.
4. - Eu me senti levando um soco no estômago,
e acordado de um sonho estranho, mas Dona Cursina sendo crível não
poderia estar mentindo e aquela mulher na sala quando eu a vi era uma mulher
não podia ser um homem.
- AH! Sabe Melquis, aquele dia em que
você veio e encontrou os dois no sofá tão felizes como nunca na vida!
- Sim me lembro Dona Cursina! E foi o que me
chamou a atenção!
- Sim! E sabe por que tanta felicidade? Porque
Gelsian conseguiu pelo SUS, uma operação para mudar de sexo. E depois de longas
terapias, Gelsian e Patrício decidiram que é o melhor para os dois. Agora, eles
serão efetivamente um casal. A vida meu
amigo, a vida.
- Dona Cursina, essa história é verdadeira?
Mesmo!
-Ora quer assistir a operação?
Não existe mulher mais pratica do que dona
Cursina. Transformou um estuprador numa mulher de família e bem casada.
Olá, se você gostou dessa história e quiser contribuir com qualquer quantia eu agradeço. E se não quiser contribuir, tudo bem, espero que tenha gostado. Obrigado.
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