X-burgue do tempo.
Ontem de ontem antes de
dois dias antes de 455 milhões de anos atras chegou a terra,
um cometa do tamanho de uma loja da McDonald's caiu. Caiu sem muito barulho num momento
em que os continentes iam e vinham ainda
em duvidas, do que seriam. O cometa meio cansado de viajar por mais de
milhão de anos, que foi parte de um
planeta que explodiu sem deixar um recado de despedida de sua partida, se
assentou tranquilo na nova terra e descansou.
Cometa cansado descansa às
vezes. E ao descansar também descansou
os outros que trouxe consigo. Não eram outros muito grandes, na verdade esses
outros eram tão mais pequeno do que o se
pode entender de pequeno. Esses outros vindo no cometa estavam no planeta que
explodiu também a milhões de anos vindo de outros planetas que outros cometas
trouxeram e se juntaram. Mas tinha um desses outros que vieram junto com o
cometa que dormiu na terra depois do tombo, era diferente. Diferente de ser
diferente mesmo.Porque só existia nele,
no planeta que explodiu.
Era um elemento, desses que os cientistas chamam de
elemento químico. Mas esse elemento químico era mais que químico, eram também
substancial! Substancial de uma coisa que a gente ainda não tem palavra pra
dizer! E quem dera pra explicar!
Mas já que caiu, caiu! Ficou junto com o cometa, e no batidão dos continentes tentando ser o que são hoje, num funk com forró, num rock in Rio top, na balada do milênio, sentiu a terra lhe encobrir. O cometa foi se afundando no passar dos tempos dentro dessas terras que os continentes iam jogando por cima. Coisa da Terra mesmo.
E assim, coberto onde
ninguém sabe dele, o cometa descansa por milhões de anos depois de milhões de
anos viajando depois de milhões de anos ter existido num planeta, e que foi
toda essa canseira.
O cometa dormindo, o
elemento químico substancial que não temos palavras pra explicar, por isso
pode chamar de Pimpim, começou a se incomodar com tanto sono. Acordou, depois
de milhões de anos, e saiu de seu jeito que a gente não tem palavra pra
explicar, como ele saiu do cometa.
Queria mesmo saber onde estava? Ninguém sabe!
Ele elemento químico substancial que a agente não tem palavra pra explicar, que agora Eu vou chamar de pimpolho, resolveu sair e saiu. De seu jeito também que não tem palavra pra explicar, saiu do cometa sem que o cometa acordasse, rechaces explodisse, ou mesmo arranhasse ou sentisse alguma cocega.
Queria mesmo saber onde estava? Ninguém sabe!
Ele elemento químico substancial que a agente não tem palavra pra explicar, que agora Eu vou chamar de pimpolho, resolveu sair e saiu. De seu jeito também que não tem palavra pra explicar, saiu do cometa sem que o cometa acordasse, rechaces explodisse, ou mesmo arranhasse ou sentisse alguma cocega.
Do cometa subiu a terra cheia de outros elementos químicos, que ele conhecia
também de seu planeta. Zinco cobre ferro, e outros que alguns o cumprimentaram outros
não. E foi subindo e subindo sabendo onde queria ir e o que fazer. Chegou então
até perto de uma raiz, sabendo que toda
raiz de arvores é especial. E raiz, ali
deixou um monte de coisas suas. Tantas coisas suas que eram outros pimpolhinhos.
Uns da sua cor, às vezes azuis
brilhantes outras amarelas, mas eram pequenas muito pequenas que não se via,
nem querendo ver.
Mais tarde saiu para outras
árvores e quando deu saiu até do continente aonde chegou com o cometa. De seu
jeito de sua força e conhecimento de muitas coisas pimpolho também aprendeu
mais algumas coisas, porque podia fazer isso. Pimpolho é disso que tem no
universo, na vida, que a gente nem sabe o que é e se existe. E de seu jeito e
de seus porque de existir e estar onde devia estar, por um tempo encontrou uma área boa com varias arvores. Árvores
grandes e fortes, com raízes que ele gostava de deixar outros dos seus. E foi
indo por uma grande área, indo, até que de raiz em raiz por milhares de anos,
um dia encontrou de ver arvores sendo mortas, puxadas pelas raízes, e depois
onde tinha arvores plantou-se gramas com raiz menor. Bem menor que mal dava pra deixar os seus, mas deixou
alguns. E se foi procurando outras
Arvores outros continentes.
Esse Pimpolhinho na raiz
da grama que Pimpolho botou pra ficar, e que antes era arvores e agora era
pasto, saiu um dia para cima da raiz!
Que era coisa diferente que seu pai Pimpolho fazia, mas como era também um
elemento químico substancial que não
tem palavra pra explicar, ficou no alto
da grama, e antes que percebeu o boi o comeu. Pimpolhinho nem se importou caiu
pra dentro do estomago do boi, porque podia, era de seu ser assim ser. E dentro
do estomago, se encontrou com outros elementos, alguns conversaram outros nãos,
mas tudo bem. Vida que segue o filho do Pimpolho,
Pimpolhinho, ficou um tempo no estomago do boi, até que um dia o boi foi morto.
Pimpolhinho sentiu essa diferença. Mas nem ligou, podia sentir essa diferença.
E ficou na carne, do boi que foi transformada em hambúrguer, com mais elementos
vindos lhe fazer companhia, e de hambúrguer, sentiu um dia ser mastigado e cair
no outro estomago. Mas era um estomago diferente do estomago do boi que agora era hambúrguer. Era um estomago
interligado com mais órgãos mais curtos, órgão mais próximos, que o Pimpolhinho
ia apreendendo o que era! E de órgão e
órgão foi passando. Foi subindo, até chegar num lugar cheio de outros elementos
químicos, mas agora interligados com se fossem galaxias. Era o que queria e
rapidamente se ajuntou num desses.
Deu um prazer se ajuntar a um
neurotransmissor! E num instalado de
química e eletricidade tudo que sabia por milhões e milhões de anos, e que
herdou dos milhões de milhões de anos
vida de seu pai, Pimpolho, então se fez nos pensamentos de Edu. Edu que
acordou assustados por ter visto tantos mundos e coisas, que pensou ser
pesadelo.
- Que doideira! Eu fui paro
passado. Conheci um planeta! Timbera! Depois
Eu vi explodir tudo. Viajei milhões de anos e senti o cheiro da terra!
Doideira! Agora me deu uma fome.
Edu as três horas da madruga abriu a geladeira
e fez um x-tudo.
Pimpolhinho havia achado
seu lugar, no cérebro do Edu e como era de ser o ser que se era iria mostrar
mais de tudo que sabia. E que um dia seu pai Pimpolho o deixou na raiz da grama
que o boi comeu e Edu comeu o boi,
depois de ter viajado milhões e milhões de anos.
NOME: ULISSES JOSE FERREIRA SEBRIAN
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