sábado, 4 de junho de 2011

Assassinato No Cassino. - parte I

O jogos de azar são proibidos no Brasil , mesmo os jogos da loteria federal e Mega Sena. E eu pergunto porque?

 Eu andava sem muito o que fazer e até entediado da vida quando Mário me veio convidar para ir a um show de sua amiga. Mais uma de sua amigas.
- Aqua Lilás , você precisa conhece-la. - insistiu Ele.
Aqua Lilás, esse nome marcou fundo em mim e realmente eu precisava conhecer alguém com esse nome.  E cedi ao pedido de Mário.  E então, numa quarta-feira fomos ao show dessa  amiga de Mário. Aqua Lilás.
 A viagem foi um pouco longo, num sitio próximo a cidade de São Paulo.
- Para onde estamos indo?
- Para uma velha  fazenda, o cassino é lá!
- Cassino? Mas Mário isso não é ilegal!
- Sei lá. Só sei que o lugar é uma delicia.
- Mas...
- Relaxa. Melquis. A gente vai se dar bem.
Eu  percebi que a noite não era exatamente  tão encantadora assim. Um cassino clandestino deslumbrava-se em nosso caminho.
Estrada sinuosa, curva fechadas e sempre se via homens parados em algum acostamento.
- São  Vigias do Cassino.- disse Mário.
- Você já esteve aqui!
- Sim, a minha última namorada, lembra da Heleninha! Pois é ela é irmã de Aqua Lilás. Eu deixei Heleninha porque vou te confessar o meu amigo. Eu me apaixonei pro Aqua Lilás.
Esse era o Mário, e  Aqua Lilás deveria ser muito bonita, porque meu Amigo Mário só pega mulher bonita.
Bem, chegamos ao Casino. Se tratava de um casarão dos antigos barões do café. Todo reformado, e luzes e seguranças  por toda a parte vigiando carros  que iam desde os mais caros, até o mais simples como velho fusca de Mário.
E ao entrar no casino uma voz linda, suave entrou em meus ouvidos, ultrapassando o barulho de roletas e vozes de pessoas comemorando ou xingando as jogadas.  Deduzi logo que se tratava de Aqua Lilás e confesso que me apaixonei pela sua voz. Aquela canção do Roberto que ela cantava ia me tomando.
- É ela!
- Sim Aqua Lilás. E que voz.
E quase apaixonado por ela, Mário a apontou no palco.
- Mas cada a Aqua Lilás.
- Olha lá cantando, bem ao centro do palco.
Aqua Lilás, era baixa e gordinha, vestia um vestido lilás que a deixava mais gorda. Era extremamente oposta de sua irmã Heleninha.  Mostrando a mim que  há sempre ilusão em nossas  expectativas.
Então Ela cantou mais uma canção , algo do Chico Buarque, e depois enquanto a orquestra tocava boleros, ela desceu do pequeno palco e aproximou-se de Mário.  Se Beijaram.
Mário me apresentou. E ao cumprimenta-la, curvei-me mais um pouco e me perguntei o que é que eu vim fazer nesse lugar.
- Está gostando seu Melquis. Esse lugar não é um sonho!
Eu sorri dizendo que sim.
- Eu sempre sonhei em cantar em lugar  com glamour. Mário meu querido pega uma bebidinha pra mim.
Mário correu para satisfaze-la.
E eu só com Aqua Lilás a vi piscar para mim, e sem medo algum pegou em minhas mãos.
- Você sabe que eu Mário estamos namorando. Mas isso não me impede de ter outras experiências.
Eu recuei a minha mão.
- É que eu sou gay.- disse para espanta-la porque eu pressenti que ela não desistira fácil.
-E dai! O que isso tem a ver!
-Bem!
- Bobinho. Mais tarde a gente conversa!
Mário aproximou-se com a bebida e com um sorriso de total felicidade rasgando o seu rosto  como se ele fosse estourar a mais um melimetro que sorrisse. Ele a abraçou e a beijou.
- Ela não é tudo! - ele disse olhando para mim.
Eu ia concordar mas derrepente as pessoas começaram a correr, sobre tiros vindo do nada e orquestra se abaixando, mesas caindo e  Mário tomou Aqua Lilás no colo e saiu correndo porta afora com a sua amada, que para ele parecia imortal.
Eu, fiquei parado sem poder me mover por alguma coisa que me segurou atrelado ao balcão do bar e segundos depois me vi só, no silêncio daquela casa.
Então ele apareceu.

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