- E o corpo? - eu perguntei.
- Pode deixar que eu cuido dele. Você me ajuda Mário!
Mário disse que sim, nunca diria não. O que para ele a morte de Belo era lucro. Acredito.
- E Valquíria, onde a encontramos? - eu perguntei.
- Aquela mini vaca deve estar fugindo agora. - disse Aqua Lilás com raiva profunda que somente as mulheres conseguem expressar.
Então Juraci olhou para mim e entendi que aquele local estava deserto.
- Aqua Lilás. E os seguranças do Belo! Onde estão.
Ela então pairou os seus olhos por tudo e espantando-se com o fato concluiu.
- Aquela mini vaca fugiu com todos eles!
- Não isso não pode ser!
- Você não conhece aquela mini vaca. Ela é capaz de tudo, e deve ter roubado todo o dinheiro de Belo para manter os seus prazeres com os homens. É absurdo pagar para essas coisas, eu não só o faço por prazer. Tenho dignidade.
Juraci olhou para mim e não comentamos nada. Aqua Lilás então tomou um bloco de papel e anotou uma série de endereços que poderíamos encontrar Valquíria ou alguma pista que levasse a ela.
- Vão e me façam esse favor. Eu vou enterrar Belo com dignidade e tocar esse Cassino como ele sempre quis. Você me ajuda não ajuda Mário.
Claro que Mário concordou. E ainda ele me deu a chave de seu fusca e naquela mesma noite eu não sabendo o porque me vi resolvendo um crime e ao que tudo indicava, era um crime pacional.
Juraci me acompanhou no fusca. Reluzente em sua luz ia iluminando o caminho entre os últimos carros que deixavam o Cassino.
- Escuta Juraci não dá para diminuir essa luz, está me atrapalhando.
Ele abaixou a sua luz e se materializou como a uma pessoa ainda viva.
- Não se iluda não sou de carne e osso. Apenas dou essa impressão.
E depois de falarmos um pouco de cada assunto ser falado por um ser morto e um ser vivo, onde o ser morto era sarcástico o tempo todo chegamos finalmente ao primeiro endereço de Valquíria. Uma luxuosa casa num bairro chique condomínio bem vigiado. E antes que eu parece o fusca na portaria, Juraci fez o fusca acelerar.
- Não vamos perder tempo com seguranças.
Eu concordei, e ao batermos a porta da casa de Valquíria ela apareceu. Era uma anã loura.
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