domingo, 17 de julho de 2011

Assassinato no Cassino - parte VI

Valquíria me olhou com desprezo.
- Gente como você me dá nojo! Quer ser o bonzinho da história, mas nem olha para o sofrimento dos outros. Evaldo com o seu egoísmo me levou a isso. Eu sempre gostei daquele homem, mas ele me desprezou. Imagina se ele poderia me apresentar por ai. Uma anã!
- Eu sinto muito, mas...
-Mas o caralho seu Melquis. Sai dessa história você não tem nada a ver com isso.
- Mas uma pessoa morreu!
- Milhares de pessoas morrem por ano, no mundo. Crianças por maus tratos e fome, velhos por desprezo. Gays porque gosta de dar o cu e ai o que você vai fazer por eles. Vais ficar só nessa de defender um canalha  como o Evaldo. Já disse, gente como você me dá nojo.
- Mas um crime foi cometido.
-Então vá a policia e me entregue. 
- Eu vou ter que fazer isso.
Valquíria tomou o celular em mãos e falou algo baixo.
- Estou ligando para o meu advogado.
Juraci então aproximou-se de mim. 
- Vamos embora! - disse.
Eu não entendi, mas percebi que ele sabia de algo a mais. 
- Com quem está falando! - Valquíria perguntou.
Eu disse que com ninguém. Mas ela não engoliu. E insistiu e inteligente como era, me persuadiu.
- O senhor é médium e esta falando com o espírito de Evaldo?
- Não é o Evaldo. - afirmei sabendo que não poderia fugir de Valquíria.
Ela aproximou-se.
- Eu conheci no Cassino, ele se diz chamar Juraci e afirma ser um espírito de luz.
- Juraci, meu Deus!
- A senhora o conhece? - olhei para Juraci.
- Claro! Onde ele está?
- Aqui ao meu lado. Mas quem é ele?
- Ele era o meu mordomo e o melhor amigo que já tive. Evaldo o matou.
Valquíria começou a chorar enquanto  Juraci foi entrando em meu corpo. Então se abraçaram como velhos amigos onde eu não sem força alguma para reagir emprestava o meu corpo para matarem a saudade. 


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