domingo, 24 de julho de 2011

Assassinato no Cassino- parte VII

Juraci e  Valquíria se abraçaram fortemente e confesso que fiquei emocionado, mas eu não poderia deixar Juraci dominar o meu corpo por mais tempo. Foi uma experiência emocional difícil, e diria até mesmo dolorosa porque assim que expulsei Juraci de meu corpo, ainda sentido o pequeno corpo de Valquíria me abraçando, um cansaço  me dominou. Como se a dias eu não dormisse.
- Porque fez isso, não poderia emprestar o seu corpo por mais um tempo.- disse ela magoada.
- Ora o corpo é meu! Que mania de achar que temos que dar o nosso corpo para alguém! - disse eu irritado.
Ela então se sentou e me ofereceu um café, docilmente.
- Você não imagina que saudade eu sentia de Juraci. Ele ainda está por aqui.
- Sim, esta sentado ao seu lado.
- Ele sabe o quanto eu gosto dele. Eu nunca tive um amigo como ele, e senti muito a sua morte.
Eu pude ver a pessoa boa que Valquíria era. Juraci olho para mim.
- Diga a ela que eu nunca a esquecerei. E que ela foi a melhor amiga que eu já tive.
Valquíria então chorou e Juraci também chorou, revelando a mim que os espíritos também tem emoção, e choram como nós.
Aceitei o café e algum tempo depois estávamos os três sentado a mesa tomando o café.Claro que Juraci apenas nos acompanhava mesmo Valquíria tendo posto  uma xícara para ele.
- Mas o fato é que precisamos achar quem matou o seu marido.
- Senhor porque tem mesmo que se meter nisso?
- Não sei? Mas não consigo deixar de envolver.
- Acho que te entendo um pouco,depois de maravilhosamente ter me dado a chance de abraçar o  meu amigo.
- Bem...
- Acho que Aqua Lilás tem alguma coisa a ver com a morte de Evaldo. E vou ajuda-lo agora que sei que Juraci está ao seu lado.

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